Mais uma vez, a tecnologia auxilia a ciência! Na ilha remota de Nantucket, no estado do Massachusetts, nos Estados Unidos, os cientistas estão a usar a ferramenta que normalmente está associada ao uso militar e vigilância, o drone, para observar as colónias e focas bebés.
Os cientistas querem obter dados sobre o crescimento da população das focas cinzentas de New England, e têm vindo a utilizar drones, que ajudam na recolha de fotografias dos animais, que se reúnem num grande número de ilhas remotas, que se estendem por uma vasta área.
Em Janeiro, a Administração Nacional dos Oceanos e Atmosfera usou um par de aviões não tripulados, na ilha de Muskeget, para tirar fotografias às focas. Um drone assemelha-se a um helicóptero e outro parece um pássaro de espuma. Equipas compostas por dois cientistas, lançam-nos do alto das dunas da ilha, cercados de crias de focas. Um dos cientistas opera o drone através de um joystick, enquanto que o outro monitoriza o vídeo num ecrã em tempo real. Esta ilha é considerada como a maior colónia de reprodução deste tipo de focas, no país, mas é de difícil acesso.
As imagens vão ajudar os cientistas a descobrir quantas focas cinzentas existem nas águas da região.
Kimberly Murray, coordenador do programa no Centro de Ciência das Pescas do Noroeste, diz: “precisamos saber quantas focas existem, antes de sabermos o que se passa e como resolvê-lo“.
A população de focas cinzentas, em cada uma pode pesar até quase 300 kg na idade adulta, foi recuperando, durante o século vinte, mesmo depois ter sido quase declarada como extinta como raça, devido à caça furtiva. O crescimento das colónias tem vindo a gerar algumas queixas por parte dos barcos de pesca, e daí também a necessidade de recolher informação acerca da população.
O estudo incide sobre as 6 semanas de crescimento das crias, e os vídeos e dados recolhidos serão utilizados para estudos em curso e pesquisas futuras.