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Estudantes de medicina usam high-tech para copiar em exame

Candidatos a uma universidade de medicina na Tailândia, foram apanhados com um sistema super high-tech para conseguirem copiar no exame de acesso. O sistema envolvia as mais recentes tecnologias de ponta: óculos de espião (spy glasses) e smartwatches. 

Sem dúvida que algumas pessoas são capazes de elaborar os planos mais mirabolantes para conseguirem entrar na universidade!

Em entrevista ao The Manager, o director da Universidade de Rangsit, Arthit Ourairat, diz que este foi sem dúvida o esquema mais high-tech que alguma vez viu na sua vida.

Esquema fraudulento

O esquema montado para falsear as notas do exame, contava não só com a “mestria” dos alunos, mas também com um grupo de tutores. Durante a realização do exame, três estudantes usavam os óculos especiais que tinham uma armação muito mais grossa do que o normal, onde estavam incorporadas as câmaras. Não podendo apurar com certeza se as câmaras transmitiam as questões em tempo real, as imagens eram enviadas, talvez frame a frame, para os tutores. Estes resolviam as questões e enviavam as respostas correctas para os alunos através dos smartwatches. 

spyglasses

Mais complexo do que à primeira vista

De acordo com o Bangkok Post, o esquema era bem mais complexo, pois contava com a ajuda de pessoas a que chamavam ‘proxies’, que eram pagas para ir ao exame, usando os óculos equipados com câmara para capturar as questões. Estas pessoas tinham que se manter no exame o mínimo de tempo exigido, 45 minutos, antes de poderem abandonar a sala. Assim que podiam sair, encontravam-se cá fora com outra pessoa que fazia o download do exame, enviando-o por email para os tutores. A duração máxima do exame de 3 horas, dava tempo aos tutores para resolverem as questões e enviarem as respostas correctas escritas em código para os estudantes que se encontravam em exame, e que usavam nos seus pulsos smartwatches.

Suspeitas

O esquema foi descoberto graças às suspeitas de um professor que confiscou um smartwatch durante a sessão de sábado de manhã e outro na sessão da tarde. Algum tempo depois, os professores começaram a suspeitar dos óculos estranhos com as armações mais grossas que o normal e também das três pessoas a saírem sempre ao mesmo tempo depois de 45 minutos.

As autoridades estão a investigar o caso, depois de um dos estudantes ter admitido que foi ao exame porque ‘contratou’ um serviço que viu num anúncio, que garantia a 100% o acesso à universidade. As autoridades querem descobrir quem está por detrás deste esquema fraudulento high-tech.

Os alunos apanhados no exame usando os smartwatches ficaram agora na lista negra da universidade, e nunca serão admitidos na mesma.

António Sousa

António Sousa, técnico de redes e sistemas informáticos e fundador do Tech em Português! Sou um amante das novas tecnologias e um aventureiro dessa grande "auto-estrada" que é a internet!